5.9.10

Cry me a river

Quero escrever e sinto-me despida. Vou perdendo aos poucos a capacidade de reinventar por outras palavras sensações e metáforas que permitem desembainhar as vontades impressas em mim.
É tamanho o orgulho que me faz calar consecutivamente os pensamentos sinto-me cheia. Tão cheia deles e cada um tão ou mais ímpio que o anterior que se transformam em ansiedade de te saber.
Vão escasseando as oportunidades de te ter, e à medida em que o fim destas se aproxima aumenta a memória do teu cheiro entranhado no meu, das tuas palavras doces de há tanto, do teu jeito peculiar.
E os avanços e recuos de nós transforma-se numa batalha de querer e poder, arriscar ou parar, ficando o medo do dia em que tudo termina sem volta.

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