27.2.11

...e a minha guerra com as comedias românticas.

O fim-de-semana em casa costuma ser um sacrilégio. Passo os dias em frente ao televisor (perdão, LCD) a devorar todas as comédias românticas. E o pior e' que me sinto terrivelmente mal depois delas. Por horas e horas a fio pergunto-me o porquê de sonhar e saber não haver quem me possa trazer todas aquelas sensações maravilhosas da rapariga que, sem querer, encontra o homem da sua vida, e depois de trapalhadas e mal-entendidos, beijam-se apaixonadamente e deixam adivinhar uma vida cheia de amor.
Reconheço. Por vezes posso ser romântica. Do tipo de ter as pernas tremer e o coração a sair pela boca. Ja' experimentei essa sensação duas vezes: uma aos dez anos, pelo rapaz da minha rua, e outra aos dezoito que acabou há bem pouco tempo. Resultado? Nenhum. Sempre me apresentei como a melhor amiga de ambos e estive la' para o que fosse necessário. Nunca puxei dos galões que me tornam tão apetecível ao primeiro olhar para outros indivíduos. Nunca cedi ao momento, o que me fez perder aquela oportunidade única em que vejo as actrizes arrasarem.
A verdade e' que me escondo no cinismo e ironia para não falhar no momento certo.

Tenho toda a ideia de romance na minha casa. Uma decoração fresca (verde), margaridas e plantas bonitas. O roupeiro com roupa casual chic, tal como nas ditas comedias (acabei de comprar um vestido maravilhoso, fluido com pedrinhas aplicadas, que e' um must), sapatos lindos de morrer, maquilhagem bem colocada, uma atitude confiante e tranquilidade no quotidiano. Musica que faz sonhar (Norah Jones, fazes-me sofrer) e dois gatos cheios de personalidade. Livros que me transportam para Nova York, Chicago, a Londres dos dias de Primavera, a Grecia das praias sossegadas. Invisto em hidratantes que me fazem sentir bem, pijamas da Triumph com robe de seda. Para na minha imaginação aguardar o homem dos meus sonhos. E a Marilyn Monroe na sala e nos isqueiros. Talvez num dia destes ele apareça.

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